Existem vários tratamentos para doença hemorroidária. A avaliação com o Coloproctologista é fundamental para diagnóstico correto do tipo e grau de doença hemorroidária e também para a exclusão de outras patologias colorretais. É muito importante a percepção, por parte do médico, do que está causando desconforto ao paciente: é o sangramento? É o volume externo? É o prolapso?
Hemorróida não é câncer: não é algo que precisamos tratar se não está trazendo nenhum incômodo. E o tipo de tratamento também deve ser proporcional ao grau de sintomas. Explico: jamais oferecerei um tratamento cirúrgico a quem tenha queixas muito eventuais. Existem pacientes que não tem queixa nenhuma relacionada à seus mamilos hemorroidários - eles não precisam de tratamento.
Começando pelo começo
Os cuidados clínicos e dietéticos são fundamentais, tanto como tratamento isolado no caso de doença hemorroidária inicial ou pouco sintomática, quanto como tratamento adjuvante a procedimentos de consultório ou cirúrgicos.
A constipação (um dos principais fatores desencadeantes e também grande responsável pela recidiva após tratamento) deve ser tratada: melhorando a alimentação, que deve incluir mais fibras, e aumentando o volume ingerido de água. Hábitos como utilizar o banheiro como escritório (gente, banheiro é banheiro: não é o local de ficar lendo ou respondendo emails no celular), segurar a vontade de evacuar por longos períodos e o uso de papel higiênico devem ser abandonados.
Apenas os cuidados iniciais não funcionaram, e então?
Tratando-se de doença hemorroidária interna, temos ótimas opções que podem ser feitas no próprio consultório médico, sem necessidade de anestesia, com o mínimo de desconforto e resultados bastante satisfatórios.
Ligadura elástica: é um procedimento onde são colocados anéis de silicone na base do mamilo hemorroidário, fazendo uma "chiquinha" na hemorróida, que perderá seu suprimento sanguíneo e necrosará. Esse anel de silicone cai sozinho em torno de 10-14 dias. É a técnica de escolha para hemorróidas internas de grau II e III.
Escleroterapia: procedimento utilizado quando temos hemorróidas de menor volume, realizado através da injeção de substância esclerosante diretamente no mamilo hemorroidário. É semelhante ao procedimento realizado pelos cirurgiões vasculares para o tratamento de varizes de membro inferior (os famosos "vasinhos das pernas").
Ambos os procedimentos citados acima são realizados em sessões, com intervalo em torno de 30 dias. O número de sessões varia de acordo com o volume de doença hemorroidária. O tipo de procedimento indicado para cada paciente é avaliado pelo médico, que também deve saber as contra-indicações de cada método.
Procedimentos realizados em bloco cirúrgico
PPH: ou hemorroidopexia, é um método que realiza, através do uso de um stapler (grampeador) circular, a retirada do prolapso interno hemorroidário e fixação do tecido hemorroidário remanescente na sua posição anatômica. Apesar de aparentemente atraente por possibilitar menos dor no pós operatório, possui complicações únicas (e potencialmente graves) ao método.
THD: É uma técnica relativamente recente, que utiliza Doppler para realizar a ligação do suprimento arterial das hemorróidas. Estudos recentes que compararam a técnica com a realização de ligadura elástica não demonstraram benefícios contundentes da realização do THD, e a ligadura elástica permanece como método de escolha na maioria dos casos.
Minha doença hemorroidária externa é muito volumosa
Infelizmente os procedimentos acima citados só podem ser realizados na porção interna da doença hemorroidária e, quando as hemorróidas externas são o problema principal, é necessário a realização da cirurgia tradicional. Apesar do medo da dor no pós operatório que a maioria dos pacientes relata, a hemorroidectomia (cirurgia tradicional), quando bem indicada, é um método excelente e, entre todas as técnicas cirúrgicas, é a que tem menor recidiva.
Está sofrendo com doença hemorroidária? Procure um Coloproctologista
O prurido (coceira) anal é uma queixa muito comum no consultório. Estima-se que atinja até 5% da população mas um número muito menor procura ajuda médica, em parte por constrangimento. Ele é mais comum à noite e em homens.
Saiba MaisOs divertículos de cólon são herniações da mucosa e submucosa do intestino: olhando por dentro (como nesta imagem de colonoscopia) vemos depressões enquanto por fora são vistas saculações.
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